Filme: Candy

Um drama, um romance, uma realidade...

Heath Ledger é um dos meus atores preferidos, desde aquela comédia Romântica "10 Coisas que Eu Odeio em Você", a ventura "Coração de Cavaleiro" e o melhor: Batman O Cavaleiro das Trevas, interpretando o grande e eterno Coringa. Porém, o ator mostrou para o que veio aos cinemas no filme Candy (2006). O filme conta uma história de um casal de viciados em heroína, uma jovem pintora chamada Candy e um vagabundo chamado Dan. 


Podem acreditar, o filme não conta uma história de amor, muito menos uma história feliz. A verdade é que o vício acaba destruindo a vida do casal, pouco a pouco. No início, o maior barato de Dan é manter os dois altos, completamente brisados. Porém, não leva muito tempo que Candy tenha que começar a se prostituir para conseguir bancar suas necessidades, enquanto Dan não faz nada da vida para se manter. Eles tentam várias vezes parar com a droga, mas a abstinência é algo muito forte e começa a deixá-los em crise de surto e agonia, como se estivessem no próprio inferno, sendo atormentados pela ausência da química que os destruiriam de uma forma, ou de outra. 


Em algumas cenas do filme podemos notar a dor, não apenas do casal, mas a dor de quem passa por uma situação dessas. A agonia é explicita, é como se o único mal da vida, fosse ficar sem injetar seu próprio veneno dela, a ausência da "morte" em forma de química acabou corroendo toda a paz do casal, ainda havia um sentimento ali, porém, apagado por um demônio chamado heroína. 


Além de toda dor, o filme tenta mostrar o que as pessoas são capazes de fazer para manterem a aquilo que "precisam". Largam "tudo", para manter apenas a sensação de estar bem, alto, "feliz", chapado... Abandonam o conforto e a segurança da casa dos pais, para viver uma adrenalina agoniante infinita. A brisa é o paraíso do filme, a abstinência é o inferno que destrói vidas ao seu redor.

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